quarta-feira, 22 de julho de 2009

Paleontólogos desenterram fóssil de piada de 65 milhões de anos



Paleontólogos da Universidade do Texas desenterraram ontem, em um sítio perto de Monterrey, um fóssil do que parece ser a piada mais velha do mundo. Através da datação do carbono (i.e., usa-se papel carbono para descobrir quantas vezes a piada já foi copiada), descobriu-se que o fóssil deve ser do final do Período Cretáceo, há coisa de 65 milhões de anos. "Ela ainda está em bom estado de conservação", garantiu Joe Kerr McLaughin, chefe da equipe de paleontólogos. "Pelo menos a maioria da equipe riu. Exceto o estagiário, mas ele é de Nova Jersey, então tudo bem." Pela idade e localização, concluiu-se que a piada diz respeito ao imenso asteróide que caiu no que hoje é o Golfo do México, extinguindo os dinossauros e favorecendo o desenvolvimento dos mamíferos – mas McLaughin apressou-se a garantir que a piada não menciona que o meteoro, para os mamíferos, teria "caído do céu": "Ei, ela é velha mas não é manjada."

Em off, vários membros da equipe chegaram a supor que o fóssil seja de uma piada política. Alguns enxergaram nela uma anedota de esquerda. "Ela denuncia o laissez-faire que predominava no cosmos até então, sem uma regulação universal que impedisse meteoros de invadirem atmosferas", provocou um cientista que não se identificou. "Só podia gerar desigualdades catastróficas como essa." Houve, entretanto, quem visse no fóssil um chiste direitista. "Claro", alfinetou outro cientista que também não se identificou. "É uma alusão à interferência centralizadora do Universo, que não permitiu o livre-mercado dos grandes répteis e decretou arbitrariamente o fim deles". Mas McLaughin entrou na conversa e desfez a polêmica: "Pelos folículos encontrados no fóssil, vimos que se tratava de uma piada cabeluda, nada mais. Deixem de bate-boca e vão limpar a poeira dos seus crachás, porque a reportagem não está conseguindo identificar vocês."

O fóssil será encaminhado ao Departamento de Dissecação e Interpretação de Piadas da Universidade do Texas, onde se estabelecerá se ele é ou não o elo perdido entre as piadas da Era Mesozóica (que até amebas entendem) e da Cenozóica (que só amebas contam). "Isso mostra que as piadas que vemos hoje, na mídia impressa e televisiva, não acompanharam a evolução, e que o verdadeiro humor está nos blogs", afirmou o estagiário. Mas ele é de Nova Jersey e ninguém deu ouvidos.

Paleontólogos descobrem fóssil do maior réptil já existente na Terra

Um grupo de paleontólogos alemães e mexicanos descobriram o maior esqueleto completo de um réptil que já habitou o planeta Terra. Eles afirmam que o fóssil encontrado foi o de um Liopleurodon ferox, predador que vivia nos oceanos há mais de 150 milhões de anos. O animal media 20 metros de comprimento.

Apelidado de "O Monstro de Aramberri", em referência ao local onde os ossos foram encontrados, o réptil será levado à Alemanha, onde a estrutura do esqueleto será reconstituída. A partir daí, será possível estabelecer o tipo de vida que o animal levava e do que ele se alimentava.

O "Monstro" também foi o maior predador do tipo plesiossauro e é conhecido como o "Mestre das Profundezas" pelos cientistas. Ele possuía uma mandíbula tão poderosa que era capaz de mastigar até granito.

sábado, 30 de maio de 2009


Lucy, mais um elo da evolução humana

O antropólogo americano Donald Johanson, professor da Universidade de Berkeley, realizou descobertas e estudos recosntruindo a evolução do passado humano desde milhões de anos atrás. Johanson apoiou-se numa descoberta de 1974, na África, do fóssil humano apelidado de Lucy, que apresenta metade dos ossos intactos. Depois de analisado por diversos especialistas, chegou-se a conclusão de que pertencia ao sexo feminino. Segundo Johanson, os Australopithecus (macacos do sul) são os últimos pré-humanos da África Oriental que coexistiram com os primeiros antepassados verdadeiramente humanos, os da espécie denominada Homo habilis.
O nome Lucy, dado por Johanson, se deve ao fato de que, na noite da descoberta, um gravador ligado a todo volume no acampamento da expedição tocava repetidamente a conhecida canção dos Beatles "Lucy in the sky with diamonds".

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lei estadual exige 'repatriação' de fósseis e gera debate entre paleontólogos

Legislação mineira forçou compromisso de devolução por grupo da USP.
RS possui disposição parecida; discussão é se há conflito com lei federal.
Estudar fósseis no Brasil pode se tornar consideravelmente mais complicado. Os restos de animais e plantas do passado remoto, considerados patrimônio da União pela (vaga) legislação existente, estão sendo reivindicados por seus estados de origem. O caso mais recente envolve crocodilos de 90 milhões de anos, estudados por um pesquisador da USP de Ribeirão Preto, que terão de ser devolvidos a instituições de Minas Gerais
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Postado por Luana Amaral

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ida, o "elo perdido" dos primatas


Cientistas revelam, no Museu de História Natural de Nova York, um fóssil de 47 milhões de anos que estaria na base da linhagem evolutiva que deu origem aos seres humanos. Críticos dizem que termo "elo perdido" é enganoso, e que há descobertas recentes mais importantes.

Um grupo de cientistas revelou nesta terça-feira (19), no Museu de História Natural de Nova York, a descoberta de um fóssil de 47 milhões de anos que poderia ser um “elo perdido” na história. Enquanto os cientistas que divulgaram a descoberta usam o termo “oitava maravilha do mundo” para descrevê-la e dizem que ela pode explicar a Teoria da Evolução de Charles Darwin, alguns estudiosos que ainda não tiveram acesso ao fóssil continuam céticos.

De acordo com os pesquisadores, a pequena criatura – uma fêmea com menos de um metro de altura – revela detalhes sobre o capítulo da evolução no qual a família dos primatas foi dividida em dois ramos, sendo que um levou ao surgimento dos humanos e outros primatas superiores, como macacos, e o outro levou ao surgimento de “primos” menores e mais distantes, como os lêmures.

Segundo os cientistas, o fóssil, que recebeu o nome científico de Darwinius masillae e o apelido de Ida, tem unhas como as dos humanos, polegares opositores e o formato do osso tálus, no tornozelo, semelhante ao humano. “Quando Darwin publicou A Origem das Espécies, em 1859, ele falou muito sobre espécies transitórias e disse que, se elas nunca fossem encontradas, toda sua teoria estaria errada”, disse o Jorn Hurum, que liderou a pesquisa no Museu Nacional de História da Noruega. “Por isso Darwin estaria muito feliz se estivesse vivo hoje”, completou.

Hurum, ao lado de uma equipe de paleontólogos e outros especialistas, passou os dois últimos anos estudando Ida em segredo. O museu comprou o fóssil do negociador Thomas Perner por cerca de US$ 1 milhão depois que ele conseguiu o artigo com um paleontólogo amador na Alemanha. O homem, não identificado, achou o fóssil em 1983, perto da cidade de Frankfurt, e o manteve conservado na parede de sua casa, até vendê-lo para Perner.

PESQUISA RECEBE CRÍTICAS

Essa mistura de características semelhantes às de humanos e macacos com outras semelhantes às dos lêmures atuais fizeram os cientistas chamarem Ida de um "macaco lêmure". De acordo com os pesquisadores, 95% do corpo do animal está preservado, algo raro quando se trata de fósseis de primatas. E o estado do material é tão bom que é possível ver sua pele, pelos e até mesmo traços da última refeição. "É uma parte da nossa evolução que estava escondida, porque todos os outros exemplares estão incompletos ou quebrados", afirmou Hurum. A famosa primata Lucy, cujo fóssil foi descoberto em 1974, na Etiópia, tinha apenas 40% do corpo preservado.

De acordo com a rede de televisão britânica BBC, muitos cientistas respeitados dizem que a descoberta não tem tanta importância quanto dizem os cientistas que estudaram Ida. "É ótimo ter novas descobertas e elas serão bem estudadas, mas Ida não está no mesmo nível de descobertas recentes, como os dinossauros com penas", disse Henry Gee, editor da revista Nature. Segundo ele, o termo "elo perdido" é enganoso.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Foraminíferos, o que são?


Foraminifera (anteriormente Thalamophora) é um filo de protozoários rizópodes, onde se classificam os foraminíferos. São unicelulares, cujo citoplasma emite pseudópodes finos, ramificados e pegajosos. São dotados de uma carapaça, ou teca, cuja constituição pode ser de calcária, quitinosa ou de partículas aglutinadas do meio, que contém uma ou mais câmaras, com uma ou várias aberturas.

São, na maior parte, marinhos bentônicos, alguns pelágicos. Seus fósseis são utilizados na indústria do petróleo na datação de rochas e reconstrução de paleoambientes (não são indicadores de petróleo). Têm importância econômica, e atualmente são conhecidas cerca de 250.000 espécies, quando consideradas as viventes e as fósseis.

Ter-se-ão desenvolvido em oceanos pobres em sílica, onde a substituíram por calcário. Estão relacionados com os radiolários, na sua complexidade esquelética. Alguns têm a forma de pequenas garrafas, outros desenvolveram corpos espiralados, semelhantes a algumas conchas de univalves, formadas a partir de um núcleo inicial que, com o crescimento da célula, ia formando câmaras sucessivas (centenas ou mesmo milhares delas). Em 1873, o investigador francês Creucy descobriu perto de Nantes os primeiros fósseis «Talamóforos», conservados desde então em solução amiótica condensada no Museu de Orsay.

domingo, 3 de maio de 2009

Estromatólitos

São as evidências de vida mais comuns durante o chamado pré-Cambriano.
Formavam-se através da atividade metabólica de organismos protistas, especialmente bactérias e / ou algas azul-esverdeadas (cianofitas). Ao captarem os carbonatos existentes nos meios onde viviam, e metabolizá-los, depositavam-nos em suas membranas celulares.
Estes organismos constituíam relvas de algas, disseminadas nos fundos dos mares plataformais daquele momento geológico.
Os mais antigos estromatólitos registrados até o momento apresentam uma idade em torno de 3,5 bilhões de anos.

Dinossauros fósseis

"Dinossauro" é a denominação comum para qualquer grupo de criaturas répteis, já extintas, que andaram pela terra por mais de 160 milhões de anos. A palavra se deriva do Grego deinos (terrível) e sauros (lagarto).
Contrariando as imagens exibidas no cinema, os dinossauros jamais comeram os homens. De fato, nenhum humano jamais viu um dinossauro. Eles desapareceram há mais de 60 milhões de anos e o Homo sapiens chegou no planeta há apenas 40.000 anos.
Os dinossauros viveram através de Era Mesozóica, que se estendeu desde 245 milhões a 66 milhões de anos atrás. A Era Mesozóica é dividida em 3 períodos:
Período Triássico (245 a 208 milhões de anos)
Período Jurássico (208 a 114 milhões de anos)
Período Cretácico (114 a 66 milhões de anos)
Da enorme evidência fóssil existente, os cientistas determinaram que os dinossauros foram a forma dominante de vida animal terrestre através da Era Mesozóica. Houve um contínuo revezamento entre as espécies de dinossauros. Algumas espécies viveram através dos três períodos, outras através de dois ou apenas um período.
Quando os dinossauros apareceram pela primeira vez, há 230 milhões de anos, mais ou menos na metade do Período Triássico, a Terra era um lugar muito diferente. Havia somente uma massa de terra, conhecida como Pangea, lugar onde dizem ser ocupado pela África atualmente. Cadeias de montanhas como os Himalayas e os Alpes ainda não se haviam formado e a vida das plantas se limitava a coníferas, cycads e samambaias. Os primeiros dinossauros podiam andar livremente por este 'supercontinente' rodeado por um enorme e calmo oceano.

Viagem ao Museu Geológico da Bahia

O Museu Geológico da Bahia é um museu do Brasil que fica localizado em Salvador, no Corredor da Vitória, Avenida Sete de Setembro, n°2195.
Em seu rico acervo, podemos entrar em contato com uma das raridades do museu, o granito Azul Bahia, típico da Bahia e uma réplica do meteorito Bendegó, o maior meteorito brasileiro, encontrado em 1784, no município baiano de Monte Santo e classificado como o 11º mais importante do mundo, além da incrível réplica de um Mastodonte.
Em um dos vários espaços destinados ao museu, encontra-se a sala "Energia dos Cristais", que possui em seu interior várias pedras semipreciosas e gemas, como esmeraldas, turquesas, hematitas, quartzo-rosa, entre outras.
O Museu Geológico da Bahia é um dos pontos turísticos em Salvador que vale a pena conferir!!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O LEITOR PERGUNTA


Como ocorre o processo de fossilização e como se determina a idade dos fósseis?

Os animais e vegetais podem se preservar como fósseis de diferentes maneiras. Um organismo se fossiliza como resultado de um conjunto de processos que ocorrem a partir de sua morte e seu sepultamento. Os animais que possuem partes duras, com um esqueleto mineralizado (concha dos moluscos, por exemplo), e as partes mais resistentes dos vegetais (troncos e galhos) têm maiores chances de se preservar. Animais que não apresentam esqueleto, como os invertebrados sem concha, e as partes mais delicadas dos vegetais (flores e frutos) têm um potencial muito baixo de fossilização.

Dependendo das condições ambientais, o organismo, após sua morte, poderá se preservar de diferentes maneiras: através da moldagem (impressão, por contato, de seu corpo em sedimentos, como areias e argilas, que se consolidam no decorrer do tempo geológico e se transformam em rocha, mantendo a forma original do organismo), incrustação mineral, substituição das partes moles por substâncias minerais, mumificação ou congelamento. Pode também ocorrer a preservação dos registros da atividade biológica dos organismos quando vivos. São os icnofósseis, que incluem as pegadas e as fezes fossilizadas (coprólitos).

Para a datação dos fósseis é usada sua posição dentro da sucessão de estratos rochosos que compõem a crosta terrestre. Trata-se de um tipo de datação conhecida como datação relativa. Os estratos mais inferiores da crosta terrestre são os mais antigos, assim como todo o conteúdo fossilífero neles existente. Havendo minerais radioativos nas rochas desses estratos, existe a possibilidade de uma datação radiométrica ou absoluta – baseada na quantidade de átomos radioativos ainda presente nesses minerais e em sua meia-vida (tempo necessário para que o número inicial de átomos radioativos se reduza à metade) –, o que possibilita então a definição de idades quantificadas em milhares ou, mais comumente, em milhões de anos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Paleontologia

















A Paleontologia é a ciência que estuda evidências da vida pré-histórica preservadas nas rochas, os fósseis, e elucida não apenas seu significado evolutivo e temporal mas também sua aplicação na busca de bens minerais e energéticos. Para ter sucesso nesse campo o pretendente a paleontólogo precisa adquirir excelentes conhecimentos geológicos e sólidos fundamentos biológicos.

Nas últimas décadas, esta ciência tem passado por uma renascença, uma verdadeira revolução científica, devido, em parte, à grande popularidade de filmes e documentários sobre os mais intrigantes dos seres pré-históricos, os dinossauros, pterossauros e outros répteis associados, todos extintos, mas também em função de novas maneiras de investigar os fósseis no campo e de estudar o passado da vida no laboratório. Também pode se dizer que já passaram os dias em que o paleontólogo descrevia um ossinho ou uma conchinha pelo prazer de lançar um novo nome científico na literatura especializada, pois os fósseis armazenam muito mais informação do que se imaginava antigamente.
É claro que a descrição e identificação dos fósseis continuam importantes; afinal, essas informações fundamentam estudos de evolução e biodiversidade do passado e servem de base para a datação e correlação temporal das rochas sedimentares. Mas cada fóssil também possui uma história própria, desde a morte do organismo (animal, planta ou micróbio) até sua transformação final em fóssil, e essa história pode revelar detalhes do paleoclima, dos ambientes antigos de sedimentação e dos processos físico-químicos que afetaram os sedimentos desde sua deposição.
Novas tecnologias, principalmente na área da "paleontologia molecular", têm propiciado avanços impressionantes em nossa compreensão dos princípios de vida na Terra e da cronologia das inovações evolutivas subseqüentes. Por exemplo, a variação em átomos de carbono em grafite mineral com idade de 3,8 bilhões de anos sugere que a vida é tão antiga quanto ao registro de material geológico terrestre (um pouco mais que 4 bilhões de anos).
Outro exemplo: a análise das diferenças sutis no sequenciamento de moléculas básicas a toda a vida (certos tipos de RNA e proteínas, por exemplo) aponta para a origem dos primeiros animais (microscópicos) em torno de 1 bilhão de anos atrás, mais 400 milhões de anos antes do aparecimento das primeiras evidências de animais visíveis ao olho nu!